Alho roxo do Planalto Catarinense busca registro de indicação geográfica pelo INPI

26/04/2024 11:00

Em conjunto com a Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), o alho roxo do Planalto Catarinense está perto de obter seu registro de Indicação Geográfica (IG), certificado pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Como uma das instituições participantes do processo, a UFSC auxilia no reconhecimento do alimento, que é destaque na região dada a sua qualidade e singularidade.

Quando abordado o termo indicações geográficas, a propriedade intelectual se caracteriza como o nome geográfico de país, cidade, região ou localidade de seu território. A indicação geográfica pode ser constituída pela “indicação de procedência, quando o nome geográfico é conhecido como centro de extração, produção ou fabricação de determinado produto ou prestação de determinado serviço; ou pela “denominação de origem”, que designa produto ou serviço cujas qualidades ou características se devam exclusiva ou essencialmente ao meio geográfico, incluindo fatores naturais e humanos.

Saiba mais sobre indicações geográficas no site da SINOVA.

Para o alho roxo do Planalto Catarinense, a proposta é conquistar o selo na modalidade de “denominação de origem”. O alho conta com algumas características específicas como a cor púrpura da película de proteção dos bulbilhos, o tamanho dos bulbos, os aromas e componentes bioquímicos. Sua área de produção se estende para os municípios de Curitibanos, Brunópolis, Frei Rogério, Fraiburgo, Monte Carlo, Caçador e Lebon Régis.

IG é um esforço conjunto entre entidades e prefeituras municipais

O processo de indicação geográfica do alho iniciou-se em 2021. A IG é um esforço de um grupo de produtores, lideranças e instituições locais, que visam preservar a origem das variedades roxas do Planalto Catarinense, bem como proteger os produtos locais da concorrência de outras regiões.

Além da UFSC, que trabalhou nos estudos voltados à caracterização da genética, composição química e bioquímica do alho roxo, também participaram a Epagri, a Associação Catarinense dos Produtores de Alho (ACAPA), a Câmara Setorial do Alho e Cooperativa Regional Agropecuária do Meio Oeste Catarinense (COPAR), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (CIDASC) e a Secretaria de Estado da Agricultura. As prefeituras dos municípios de Curitibanos, Frei Rogério, Fraiburgo, Brunópolis, Monte Carlo, Lebon Régis e Caçador, também fizeram parte do processo de obtenção.

Com informações do Notícias da UFSC.